Castelo de Torres Novas
Em 1184, as forças do emir Almóada de Marrocos, Aben Jacub (Iúçufe), acamparam no local até hoje conhecido como Arraial, a Sudeste da povoação. Dali assaltaram a vila, arrasando a sua fortificação, dirigindo-se em seguida para Santarém. No assédio a esta, vieram a ser derrotados, vindo o emir a falecer em conseqüência dos ferimentos recebidos na ocasião.
Por volta de de 1187, sob o reinado de D.Sancho I, foi edificado o Castelo de Torres Novas.
Em 1184, as forças do emir Almóada de Marrocos, Aben Jacub (Iúçufe), acamparam no local até hoje conhecido como Arraial, a Sudeste da povoação. Dali assaltaram a vila, arrasando a sua fortificação, dirigindo-se em seguida para Santarém. No assédio a esta, vieram a ser derrotados, vindo o emir a falecer em conseqüência dos ferimentos recebidos na ocasião.
Por volta de de 1187, sob o reinado de D.Sancho I, foi edificado o Castelo de Torres Novas.
Ainda sob o reinado deste soberano, possivelmente com as obras do castelo ainda em progresso, a povoação sofreu novo assalto das forças Almóadas, agora sob o comando de Abu usuf Ya'qu al-Mansur, irmão do falecido Aben Jacub, vindo a cair após um cerco de dez dias (1190). Deixando guarnição em Torres Novas, as tropas daqui se dirigem ao assédio a Tomar. As forças de D. Sancho I devem ter retomado Torres Novas meses mais tarde de tal forma que, visando incrementar o seu povoamento e defesa, o soberano passou-lhe o primeiro foral, a 1 de Outubro desse mesmo ano, determinando a reconstrução da fortificação.
Após as lutas com Castela, na segunda metade do século XIV, em particular o assédio de 1372, o castelo sofreu obras de ampliação sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), época em que foi ampliada a cerca da vila. Os trabalhos foram iniciados em 2 de Janeiro de 1374, conforme inscrição epigráfica, e concluídos em 1376, conforme outra inscrição epigráfica sobre o antigo Arco do Salvador:
"O mui nobre rei D. Fernando mandou fazer esta obra a Lourenço Pais, de Santarém, juíz por el-rei, e foi acabada na era de 1414 (1376) anos e desta obra foi mestre Estêvao Domingues, pedreiro, que isto fez e lavrou."
Durante a crise de 1383-1385, aqui se recolheram as forças de João I de Castela, em Outubro de 1384, regressando do baldado cerco a Lisboa naquele ano. No ano seguinte, as forças de João I de Portugal (1385-1433), assaltaram Torres Novas, forçando a guarnição castelhana da vila a recolher-se ao castelo. Meses mais tarde, com os portugueses vitoriosos na batalha de Aljubarrota, Torres Novas tomou o partido por Portugal recebendo como Alcaide-mor a Antão Vasques.
Com a perda de expressão da vila nos séculos séculos seguintes, frente a outros núcleos, o castelo mergulhou na obscuridade.
No século XVIII foi severamente abalado pelo terramoto de 1755, de tal modo que veio a ser permanentemente abandonado. Na ocasião ruiram quatro das torres e diversos troços da muralha medieval.
Novos danos foram registrados no início do século XIX, durante a Guerra Peninsular, quando da ocupação da vila pelas tropas napoleónicas. Com o crescimento da malha urbana, a cerca medieval foi quase que inteiramente demolida.
Considerado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910), sofreu intervenção de consolidação e restauro na década de 1940, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Posteriormente, na década de 1970, novas obras vieram a recuperar a Alcaidaria.
Alcaidaria
Actualmente bem conservado, encontra-se aberto à visitação pública. Recentemente, no biênio de 2005-2006, a Câmara Municipal promove um novo projeto de recuperação física e paisagística do monumento e seu entorno, visando dotar a cidade de uma área de lazer valorizando o seu elemento histórico e patrimonial mais importante. O projeto contempla a construção de circuitos pedonais, ajardinamento e reflorestamento, iluminação, entre outras intervenções.
Actualmente bem conservado, encontra-se aberto à visitação pública. Recentemente, no biênio de 2005-2006, a Câmara Municipal promove um novo projeto de recuperação física e paisagística do monumento e seu entorno, visando dotar a cidade de uma área de lazer valorizando o seu elemento histórico e patrimonial mais importante. O projeto contempla a construção de circuitos pedonais, ajardinamento e reflorestamento, iluminação, entre outras intervenções.
Características
O castelo, de planta aproximadamente retangular, apresentava muralhas guarnecidas primitivamente por nove torres, delimitando a praça de armas.
A cerca da vila era rasgada primitivamente por três portas, hoje desaparecidas, restando apenas um troço da mesma a Leste do castelo.
A cerca da vila era rasgada primitivamente por três portas, hoje desaparecidas, restando apenas um troço da mesma a Leste do castelo.
A lenda de Gil Pais
Segundo a lenda local, à época da invasão castelhana de 1372, o Alcaide-Mor de Torres Novas, Gil Pais teve um de seus filhos aprisionado quando da tomada da vila pelo inimigo. Cercado o castelo, os castelhanos exigiram a sua entrega em troca do filho do Alcaide. Diante da recusa do magistrado em entregar a praça que lhe foi confiada, assistiu à execução do filho diante das portas do castelo.
A Cidade de Torres Novas
Torres Novas é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Santarém, região Centro e subregião do Médio Tejo, com cerca de 14 900 habitantes (17 000 no perímetro urbano). Pertencia ainda à antiga província do Ribatejo, hoje porém sem qualquer significado político-administrativo.
É sede de um município com 269,50 km2 de área e 36 908 habitantes (2001), subdividido em 17 freguesias. O município é limitado a noroeste pelo município de Ourém, a leste por Tomar, Vila Nova da Barquinha e Entroncamento, a sueste pela Golegã, a sul por Santarém e a oeste por Alcanena.
O concelho de Torres Novas data do princípio da nacionalidade. Foi conquistado aos mouros por Dom Afonso Henriques em 1148 tendo, depois, a sua sede recebido foral em 1190, por Dom Sancho I. Este foral foi confirmado mais tarde por outros reis portugueses. Além destes forais, o concelho regia-se também pelos documentos denominados "Foros de Torres Novas", reguladores do seu direito consuetudinário, documentos estes considerados de grande importância para o estudo do municipalismo no nosso país. Até à conquista definitiva pelos cristãos, tanto o castelo como a povoação foram sucessivamente destruídos e reconstruídos. Em Torres Novas realizaram-se duas importantes cortes: a de 1438, reunídas após a morte de Dom Duarte, e as de 1535, em que se assinou o contrato de casamento da Infanta Dona Isabel com Carlos V. Sobre a antiguidade de Torres Novas, apenas se poderá dizer que remonta à denominação romana, pois foram descobertas as ruínas de uma cidade romana, a "Vila Cardilium".
É sede de um município com 269,50 km2 de área e 36 908 habitantes (2001), subdividido em 17 freguesias. O município é limitado a noroeste pelo município de Ourém, a leste por Tomar, Vila Nova da Barquinha e Entroncamento, a sueste pela Golegã, a sul por Santarém e a oeste por Alcanena.
O concelho de Torres Novas data do princípio da nacionalidade. Foi conquistado aos mouros por Dom Afonso Henriques em 1148 tendo, depois, a sua sede recebido foral em 1190, por Dom Sancho I. Este foral foi confirmado mais tarde por outros reis portugueses. Além destes forais, o concelho regia-se também pelos documentos denominados "Foros de Torres Novas", reguladores do seu direito consuetudinário, documentos estes considerados de grande importância para o estudo do municipalismo no nosso país. Até à conquista definitiva pelos cristãos, tanto o castelo como a povoação foram sucessivamente destruídos e reconstruídos. Em Torres Novas realizaram-se duas importantes cortes: a de 1438, reunídas após a morte de Dom Duarte, e as de 1535, em que se assinou o contrato de casamento da Infanta Dona Isabel com Carlos V. Sobre a antiguidade de Torres Novas, apenas se poderá dizer que remonta à denominação romana, pois foram descobertas as ruínas de uma cidade romana, a "Vila Cardilium".
A cidade de Torres Novas, é banhado pelo rio Almonda, que nasce na serra de Aire e tem a extenção de 30 km, e desagua na margem direita do rio Tejo.
O rio ao passar por Torres Novas, transmite uma tranquilidade fantástica em que os animais (patos) convivem em harmonia com o Homem, como podes ver na foto. Se quiseres ouvir o som da água a correr pelas pedras tens que ir até lá.
Boas Viagens!
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