Junto ao Túnel da Gardunha na A 23, há uma saída para um pequeno paraíso. Chamado Castelo Novo.
Neste Post, vou-te apresentar esta aldeia histórica.
Foi no dia 13 de Maio, no regresso da minha viagem à cidade da guarda que fiz um desvio para conhecer este castelo.
Foi no reinado de D. Sancho I, mais precisamente em 1202 que foi atribuido foral à povoação de Castelo Novo.
O topónimo desta aldeia advém do afcto de trem existido dois castelos, sendo o Castelo Novo, ocupado após o abandono do Castelo Velho, por ter melhores condições de defesa.
Castelo Novo é uma aldeia histórica situada no soupé da Serra da Gardunha. Esta aldeia é abundante em água o que reflecte a existência de vários gafarizes. Comecei por visitar o Chafariz da Bica, do estilo barroco com a pedra de armas de D. João V.
Subindo a Rua Irmandade da Misericórdia, no Terreiro da Misericórdia encontramos a Igreja da Misericórdia. Uma construção simples e vernacular do séc. XVII.
No edifício da Associação Sócio-Cultural de Castelo Novo podemos ver uma janela manuelina.
Damos mais um pouco de corda às pernas e subimos até à Igreja Matriz, que infelizmente estava fechada e não a pude visitar or dentro. Todavia, por fora é uma bela obra de arte. Embora goste mais da igreja das Mesericordia por ser revestida a pedra e não em cimento.
Entrando por um pórtico, estamos dentro das ruínas do Castelo, que com as obras de requalificação tem um aspecto novo e lavado. Este castelo foi construído no reinado de D.Sanho I.
Apresenta ainda a torre de menagem (actualmente Torre Sineira) com gárgulas.
Trata-se de um Castelo Raiano, de influência gótica. Julga-se que foi em torno do Castelo que se desenvolveu a povoação que apresenta uma malha urbana tipicamente medieval com as ruas estreitas que acompanham o relevo da zona.
Uma vez no topo comecei a descer até à Capela de Santo António.
Descendo até ao Largo do Município encontramos os Antigos Paços do Concelho, considerado um dos mais genuínos edifícios da arquitectura civil da época em Portugal.
Neste largo podemos o Pelourinho manuelino, o Chafariz de D.João V do período barroco.
Não se trata da Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock, mas estamos a ver uma linda janela de canto com a vegetação a trepar as paredes da casa de São Mateus.
Subindo as escadas cravadas na rocha, encontramos a Lagariça, uma provável construção dos séculos VII e VIII. Segundo a voz dos populares, trata-se de uma construção comunitária utilizada na produção de vinho.
Na parte superior seriam colocadas as uvas que eram esmagadas por homens descalços. De seguida o mostro (sumo da uva) corria para uma pia ligeira mais pequena. Que depois dará o tão gostoso Vinho.
E é com vinho que me despeço. Boas Viagens e bebe com moderação!!!
