segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Uma descoberta na Aldeia de Pia do Urso

Cartão de Visita

Parque Eco-Sensorial de Pia do Urso

O lugar de Pia do Urso, na freguesia de São Mamede, concelho da Batalha é um lugar carregado de história e outras tantas lendas. Pia do Urso oferece ao visitante uma paisagem natural verdadeiramente deslumbrante. Nesta aldeia recuperada, está também instalado o primeiro parque sensorial de Portugal destinado a cidadãos invisuais e pretende proporcionar a possibilidade da apreensão do meio envolvente que nos rodeia.
A Pia do Urso remonta ao tempo dos romanos como ponto de passagem pela estrada romana, cujos vestígios ainda são visíveis na localidade de Alqueidão da Serra. Esta aldeia servia os grandes povoados, nomeadamente Olissipo (Lisboa) e Collipo (Batalha/ Leiria).
Dadas as características morfológicas do terreno assente num maciço calcário designado por pias, garantia-se neste local grande abundância de água.
Na idade média, em 1385, a Pia do Urso foi local de passagem das tropas comandadas por D. Nuno Alvares Pereira, com destino ao planalto de São Jorge, onde decorreu uma das batalhas mais decisivas para a afirmação de Portugal.
Dada a singularidade do espaço natural onde está inserido, desejamos uma óptima visita à Pia do Urso, local que carrega em si mesmo um misto de fábula e magia.


15 h 00 - Saída do casal dos Bernardos
Num domingo à tarde sem nada de especial para fazer, arrancamos do Casal dos Bernardos pela estrada fora.
Ainda não sabíamos qual o destino, mas tinhas a vontade de conhecer algo de novo. E como não tínhamos muito tempo para a viagem, nem nada planeado, tinha que ser um local próximo.


16 h 00 - chegada a Pia do Urso
Agora que aqui chegámos, vamos voltar ao tempo em que a humanidade convivia em harmonia com a natureza.
A construção das casas é de pedra o que não cria nenhum choque visual.

Ao longo de todo o percurso somos deslumbrados por várias estações lúdicas muito bem sinalizadas.














Iniciámos a nossa visita pela estação do planetário onde podemos observar as diferentes fases da Lua e o Sistema Solar.


Depois seguimos até à Estação do Ciclo da Água.

Ainda tivemos oportunidade de confidenciar com os animais da aldeia.















São mansinhos! Não são!!!

… e viver nos tempos dos dinossáurios … (na Estação Jurássica)

… passámos pela estação lúdica onde jogamos o jogo do galo. … para manter a boa forma física, demos uma voltinha de bicicleta…
























para os mais enamorados, que tal reforçar os sentimentos … “neste lugar de mil segredos”
Aqui te amo…/
Neste lugar que encerra mil segredos./
Aqui te espero/
Quando a noite enche e começa a cantar-me.












Estação Musical

“E porque a música é uma arte milenar, vamos quebrar o silêncio que nos tem acompanhado nesta viagem. Descobrir vários sons possíveis nesta estação, que despertam em nós o êxtase que este lugar mágico carrega”.
























… encantados por um carvalho “despido”
E foi assim que nos despedimos da aldeia de Pia do Urso, onde reina a tranquilidade e harmonia com tudo o que nos rodeia.








Andámos e divertimo-nos… agora é tempo de recarregar as energias! Continuamos pela Serra de Aire e fomos almoçar à Tasquinha Ti Maria dos Queijos, perto de Porto de Mós. Aqui comemos uns excelentes queijos, carne assada e bem regada com um bom vinho (água).
Descemos até Porto de Mós e visitamos castelo de Porto de Mós e a igreja de São Pedro



Existe alguma beleza perto de nós. E beleza dentro de nós, basta juntar as duas para passarmos uns bons momentos. Boas Viagens

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Em busca dos “fora-da-lei” de Piódão

Cartão de Visita

PIÓDÃO, encosta de lousã
“Entre os morros da Serra do Açor, esconde-se uma aldeia de lousa e tradição. Piódão ergue-se encosta acima, em becos estreitos e casas alinhadas com pequenas janelas de cor azul. É aqui que se pode beber uma boa aguardente de mel ou provar mel com avelãs. E para quem vem à procura de desafios, os passeios pedestres ou de BTT podem tornar a visita ainda mais agradável. A natureza ofereceu à aldeia toda a grandiosidade da Serra do Açor. A beleza é indescritível. A água que corre no vale, que salta nas quedas de água, o som que emite no silêncio da serra e o ar puro que se respira não tem comparação. É assim que se vive no Piódão. Entre um verde arrebatador e as casas de lousa. O traçado típico da arquitectura, a brancura da igreja medieval e a amabilidade das pessoas fica no coração, como uma paixão de amor. E no regresso, ao subir-se a estrada íngreme e serpenteante, leva-se na memória a calma e a beleza de uma aldeia histórica preservada pelo homem e pela natureza”
De sitio da Internet da Carta do Lazer Aldeias Históricas


Acordar com vontade de viajar. Um sentimento que à muito tinha desaparecido. Sempre que acordo sei exactamente onde vou estar e a que horas vou estar. Isso não é muito agradável mas sei que se isso não acontecer algo está mal. Preparo as coisas e parto destino a Ourém. Falo com a Suzete sobre as coisas da vida e assim foi ao longo da viajem. Até que algo mudou o tema de conversa quando nos enganamos em Castanheira de Pêra. Passamos por algumas localidades engraçadas Picha, e logo a seguir Venda da Gaita. Que venha o diabo e escolha entre viver na Picha ou na Gaita.
Nomes à parte seguimos até Serra do Açor, parámos para almoçar na localidade de Côja. Comemos o prato típico, que era Bucho e Cabrito. Foi um bom almoço com vista para o Rio Alva. Por entre curvas e contracurvas lá nos fomos aproximando do destino. Para descontrairmos um pouco apreciámos a paisagem lindíssima e fomos tirando umas fotos.






Para dar o gosto ao campismo. Isso é possível no Parque de Campismo da Bica, localizado da Freguesia de Pomares, a 4 km de Avô, e a 16 km de Côja. Este parque de campismo é banhado pela Ribeira de Pomares. Não tivemos oportunidade de visitar, mas a julgar pelo meio envolvente só pode ser espectacular. Nada como descobrir!

Aqui a tranquilidade está presente ao vermos as cabras a pastarem à beira da estrada. Se calhar o que está mal aqui não são as cabras, mas sim o alcatrão e os carros … !!!


14 h 00 - Chegada a Piódão

Até que finalmente chegamos a Piódão!!! Bonito não é?

A aldeia de Piódão é um exemplo de como o homem consegue chamar lar aos locais da natureza mais hostis.

Tendo em conta a serra ser muito íngreme, as casas localizavam-se muito próximas umas das outras, sendo apenas separadas por ruas estreitas.

As construções são de xisto, adaptando-se de forma harmoniosa à natureza. O xisto servia tanto para a construção dos pilares das casas como dos telhados.



Contrastando com o xisto, cor escura, temos as cores vivas. Neste caso a cor viva, sendo o azul a única cor disponível. Conta-se que a única loja da aldeia só tinha uma cor, dado à sua inacessibilidade. Esta cor servia para pintar as portas e os aros das janelas.









Por cima das portas estão colocadas cruzes invocando a Santa Bárbara para proteger dos trovões.
As casas estão divididas em dois pisos. Sendo o piso inferior, a loja, destinado a guardar os produtos agrícolas e o piso superior para a família. O piso superior estava dividido em pequenos compartimentos.






Dado a inacessibilidade de Piódão, era local privilegiado para refugiar os fora-da-lei. Conta-se que um dos assassinos de Inês de Castro esteve aqui.

O seu topónimo vem de Pia ou Pio, ou segundo a lenda um fora-da-lei fugiu para a aldeia e enviou uma carta à família dizendo que estava no sítio pior do mundo, daí Piódão.



No âmbito religioso temos a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, datada do século XVII e localizada no largo Cónego Manuel Fernandes Nogueira. Este largo tem o nome do padre que criou o colégio de Piódão, sendo o grande Centro Cultural da Beira Interior.






Mesmo no interior da aldeia podemos encontrar a Capela de São Pedro em que a torre do sino encontra-se no telhado e fora construída em xisto.

No final do dia o cansaço estava presente, mas valeu a pena quando se vê coisas novas e por isso vive-se mais.
Obrigado Suzete, Boas Viagens