sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Óbidos, terra do bom vinho, ginja, que nos faz sentir uns rei no imponete castelo.

Depois de muita insistência, uma leitora, deste post, decidi escrever algo sobre Óbidos e como chegámos a esta Vila.

E assim foi no dia 2 de Setembro.


Pela manhã eu e a minha namorada fomos dar um pequeno passeio pela praia. Fizemos a ciclovia de S. Pedro Moel, quase sempre pela beira-mar. Muito bonito e relaxante, especialmente se não houver muitas pessoas na praia.


Já com o apetite "aberto" estava na hora da "bucha" na Mata de São Pedro.


Depois de uma tentativa falhada de Sesta decidimos ir até ao mar. Pois não se via devido ao nevoeiro. Seguimos de carro rumo ao Sul, sempre na expectativa que o tempo melhorase. Paredes, Nazaré, Sao Martinho do Porto, Foz do Arelho, Chega .... parece que não é este ano que vou mergulhar no mar. Fico-me pela Piscina....

Como a nossa sorte Balnear não estava na nossa maré. trocámos os Chinelos de Praia, pelas sapatilhas e fomos até à Vila de Óbidos.
Aqui ficam algumas fotos....


Porta da Vila
Entrada principal da Vila, é encimada pela inscrição - «A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original» - mandada colocar pelo Rei D. João IV, em agradecimento pela protecção da Padroeira aquando da Restauração da Independência em 1640. No seu interior encontra-se a capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da Vila, com varandim barroco e azulejos azuis e brancos (c.1740-1750) com motivos alegóricos à Paixão de Cristo, representando a Agonia de Jesus no Horto e a Prisão de Jesus.

Padrão Camoniano
Monumento de homenagem a Camões

Rua Direita
Conhecida com esta designação já no séc. XIV, liga a porta da Vila ao Paço dos Alcaides. Nos séculos XVI e XVII a rua Direita sofreu importantes transformações, ficando ocultados alguns dos antigos portais góticos das casas.





Igreja da Misericórdia

Antiga Capela do Espírito Santo, aqui foi fundada pela Rainha D. Leonor a Santa Casa da Misericórdia de Óbidos, segundo a tradição, ainda em 1498. A igreja sofreu várias reformas, sobretudo a partir de finais do século XVI, quando é reedificada, sendo a mais importante, pelo menos no seu interior, a levada a cabo na segunda década do século XVII pelo Provedor da Misericórdia e Prior de São Pedro, Doutor João Vieira Tinoco.
O interior, de uma só nave, está integralmente revestido de azulejos azuis e amarelos de tipo padrão (c.1625-30). Assinale-se o importante conjunto de talha maneirista formado pelo cadeiral/tribuna dos mesários e pelos retábulos. O retábulo da capela-mor, obra do entalhador Manuel das Neves sob risco de João da Costa, ostenta duas grandes pinturas de André Reinoso - a Visitação da Virgem a Santa Isabel e o Pentecostes, de cerca de 1628-1630. Os colaterais, também do entalhador Manuel das Neves, de 1626, dourados por Belchior de Matos que havia pintado o painel da Invenção da Santa Cruz para o do Evangelho, hoje no Museu Municipal, abrigam hoje as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores, ambas de “roca”, encimados por pinturas também de André Reinoso - Cristo a caminho do Calvário e o Descimento da Cruz.

Igreja de Santa Maria
Igreja Matriz. Erguida no séc. XII e reconstruida no séc. XVI. Possui o túmulo renascentista de D.João de Noronha (1525). Retábulo de Santa Catarina de autoria de Josefa d´Óbidos (1661) e revestimento azejular barroco (1696).



Pelourinho
Coluna de pedra, símbolo do poder Municipal, apresenta as armas reais e o camaroeiro símbolo da Rainha D. Leonor. Encontra-se por cima do chafariz da Praça de Santa Maria, mas deverá ter estado frente à Casa da Câmara (antigamente junto à Igreja de Santa Maria).

Telheiro
Situado na Praça de Santa Maria, junto ao pelourinho, serviu de mercado da Vila até ao início do século XX.
Artesanato

Artesanato
Artesanato
Recorrendo ao que a natureza dá, os objectos artesanais são a justa combinação da matéria, do “acto” industrioso da mão humana e do dom da criatividade, factores que permanecem inalterados até hoje.Em Óbidos, terra de actividades tradicionais, a produção artesanal tem hoje um peso económico relevante associado ao Turismo, predominando a cerâmica utilitária e decorativa, olaria, cestaria, embutidos de madeira, vitrais, têxteis (mantas de tear e de trapos), bordados e tapeçaria “de Óbidos”, renda (croché), paralelamente a actividades complementares da gastronomia, nomeadamente a produção de compotas, mel e licores, destacando-se a famosa ginja de Óbidos.








Castelo


Atribui-se ao Castelo de Óbidos origem romana, provavelmente assente num castro. Foi posteriormente fortificação sob o domínio árabe. Depois de conquistado pelos cristãos (1148) foi várias vezes reparado e ampliado. No reinado de D. Manuel I, o seu alcaide manda construir um paço e alterar algumas partes do castelo. No Paço dos Alcaides salientam-se as janelas de belo recorte manuelino abertas para o interior do pátio. São ainda do seu tempo a chaminé existente na sala principal e o portal encimado pelas armas reais e da família Noronha, ladeado por duas esferas armilares. O Paço sofreu fortes danos com o terramoto de 1755. No século XX estava em total ruína tendo sido recuperado para instalar a Pousada (a primeira pousada do Estado em edifício histórico).


Vista geral da vila

FIM

2 comentários:

Anónimo disse...

Pena que não tenhas escrito algo sobre esta linda terra, mas só de ver as fotos já deu para matar alguma saudade. Beijokas ao 2

Anónimo disse...

Mas k belo passeio!!!
Fazem bem.As pedras no caminho servem p fazer um dia um grande castelo...
beijinho aos 2